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ItaúBBA apresenta perspectivas para o Brasil, em reunião no Sintex
A Diretoria do Sintex recebeu nesta-terça-feira, dia 11, em reunião de Diretoria on-line, o vice-presidente de Pesquisa Econômica do ItaúBBA, Pedro Renault. O executivo trouxe boas perspectivas para a economia nacional, amparadas pelos números mais recentes da vacinação no Brasil e no mundo. “Com a vacinação e o uso cultural da máscara, além de outros cuidados, a Covid-19 deixa de ser pandêmica e vira uma doença endêmica”, destacou Renault.
Conforme os dados do ItaúBBA, o crescimento do PIB mundial deve ficar em 6,3%, em um cenário onde os Estados Unidos devem crescer cerca de 6,7% e a China, 8,5%.
Para o Brasil, o ItaúBBA projeta crescimento do PIB de 4% em 2021, com viés de alta se não houver novos picos de contaminação e de mortes.
Empregos
Renault explicou o conceito da taxa de emprego e desemprego no Brasil. “A taxa de desemprego avalia quantas pessoas buscaram emprego e não encontraram. No início da pandemia, no ano passado, as pessoas não estavam saindo para procurar empregos, por isso, o desemprego não foi tão alto”, explicou. A tendência deste ano, segundo o ItaúBBA é de se ver o emprego aumentando. “Houve um ´vale´ (referindo-se a uma queda nos gráficos de emprego) em agosto de 2020, mas, desde então, a população ocupada vem crescendo”, destacou Renault. Segundo o ItaúBBA, o desemprego deve ficar em 12,7% em 2021.
Contas públicas
Para o ItaúBBA, a perspectiva menos otimista é com relação às contas públicas, devido ao grande salto das dívidas do governo, que chegaram a 89% do PIB em 2020. O resultado primário em 2021 deve ser de -2,8% PIB e a dívida bruta deve ter uma queda e encerrar em 84,1 % do PIB neste ano.
“O governo nessa área não deve fazer gol e a nossa torcida deve ser para não haver gol contra. O que é isso? É torcer para que se tomem medidas como a reforma administrativa, e não se gaste mais”, destacou Renault.
Um risco de médio prazo, apontado pelo executivo, é político, com as eleições em 2022 e a instabilidade prevista.
Outros indicadores
Renault mostrou que o Real segue pressionado por incertezas domésticas e o dólar deve encerrar 2021 em R$ 5,30, mas podendo chegar a R$ 5,10.
A inflação sofre pressão por câmbio e preços de commodities, cujos custos estão sendo repassados aos consumidores. O IPCA deve encerrar 2021 em 5,3% e o IGP-M, em 15,5%.
A Selic deve encerrar em 5,5% em 2021, ainda em nível baixo.
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