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Com biometria, Renner planeja tornar concessão de crédito 100% digital

Veículo: Valor Econômico 

Seção: Empresas 

A Renner deu mais um passo no processo de digitalização da experiência de compra nas lojas. A companhia vai implantar nas suas 330 lojas, até o fim de maio, o processo totalmente digital de concessão de crédito. O processo começou a ser testado em outubro de 2017 e está presente em 58 unidades da Renner, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Porto Alegre. 

Fabiana Taccola, diretora de produtos financeiros da Realize, instituição financeira da Renner, disse que o processo digital aumenta a produtividade nas lojas e reduz fraudes. 

"Nas lojas onde foi implantado o processo digital, conseguimos mitigar 80% das fraudes de iniciação, que são de consumidores que se passam por outros com documento falso", disse Fabiana. 

Em termos de produtividade, ela disse que as vendas por metro quadrado nas lojas aumentaram 30% em comparação às unidades que ainda não adotam o processo digital de emissão de cartões.

Com um smartphone, a vendedora pode fazer o cadastro do cliente em qualquer ambiente da loja, sem a necessidade de o consumidor ter de ir ao balcão para fazer a ficha. Com a coleta de poucos dados, como CPF e data de nascimento, o software contido no aparelho faz a análise de crédito do consumidor. Em um a dois minutos, todo o processo de pedido e obtenção do cartão é concluído. 

O software foi desenvolvido pela Renner em conjunto com a empresa Acesso Digital. Fabiana disse que o sistema da companhia está ligado a serviços de análise de crédito, que indicam se o consumidor já tem algum problema relacionado a crédito. O mesmo software tira uma fotografia para realizar a biometria facial (reconhecimento das medidas do rosto) e também colhe a assinatura digital. 

Se o cadastro é aprovado, o consumidor recebe no e-mail o contrato de adesão do cartão. Imediatamente, pode cadastrar a senha e baixar o aplicativo da Renner no celular, ficando, dessa forma, habilitado a usar o cartão digital. Na hora de pagar a compra, os dados que estão no aplicativo do consumidor são lidos pela caixa registradora e, em seguida, a compra é efetuada.

Fabiana disse que, com esse processo totalmente digital, a Renner vai deixar de usar em torno de 3 milhões de folhas de papel por ano, apenas com o cadastro para o cartão da loja. 

"Para o futuro, a ideia é que 100% dos donos de cartão da empresa acabem migrando para o serviço totalmente digital", afirmou Fabiana. Ela disse que, aos poucos, a companhia vai convidar os consumidores a substituir o cartão de plástico pelo cartão e processo totalmente digitais. 

O negócio de produtos financeiros da Renner movimentou no ano passado R$ 822,2 milhões em receita, 18,9% mais do que em 2016. O resultado líquido de produtos financeiros cresceu 32% em 2017, chegando a R$ 331,6 milhões. A área passou a responder por 22,5% do lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Renner em 2017. Em 2016, a participação era de 18,8%. 

A inadimplência com o Cartão Renner chegou a 2,9% no quarto trimestre de 2017, ante 2,7% no fim de 2016. A Renner fechou 2017 com 28,8 milhões de cartões, 3,4 milhões a mais do que no ano anterior. 

 



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