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Sintex repudia a reoneração da folha de pagamento

O presidente do Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelegam e do Vestuário, Ulrich Kuhn, repudiou a elevação da carga tributária, anunciada pelo governo federal na noite desta quarta-feira (29), por meio da reoneração da folha de pagamento. Assim, como já anunciou a Fiesc – Federação das Indústrias de Santa Catarina, para o Sintex a medida também é considerada um retrocesso em um período em que a economia começa a recuperar o fôlego.

“O Brasil possui uma das mais altas cargas tributárias do mundo. O brasileiro paga o equivalente a 33,4% da economia do país em taxas e impostos. O pior é que não há praticamente retorno nenhum sobre esse montante pago, pois, não temos saúde, educação e segurança satisfatórios”, destaca Kuhn.

Outro ponto observado pelo presidente do Sintex, é que o setor têxtil, assim como todos demais segmentos da atividade econômica, enfrentou baixas no número de emprego. “Aumentar a carga tributária das empresas neste momento é mais um entrave para a volta do crescimento e redução do desemprego”, afirma.

Opinião da Fiesc

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, conclui que o argumento do governo, de que a desoneração da folha de pagamento não produziu os efeitos esperados entra em contradição com a justificativa que o próprio governo usa para manter o incentivo a alguns setores: o de que eles são importantes geradores de postos de trabalho. “Se a desoneração não gerou grandes volumes de emprego, certamente evitou a eliminação de muitos”, explica.

A entidade considera que o ajuste fiscal é imprescindível ao País, mas defende que ele seja promovido por meio da redução do custeio da máquina pública e por meio das reformas estruturais, como a da previdência. “Usar o velho atalho de reequilibrar as contas públicas transferindo novamente a conta para a sociedade é frustrante para o setor produtivo, pois inibirá o consumo, uma vez que a alta de impostos será repassada aos preços, pois as empresas não têm condições de absorver essa elevação de custos”, afirma Côrte. “Da mesma forma, reduzir os já escassos investimentos públicos em infraestrutura para fechar as contas é um equívoco”, completa, referindo-se ao anúncio do corte de R$ 10 bilhões no orçamento do PAC.



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