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Sintex é contra medidas do governo

 

O Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário manifesta publicamente seu repúdio ao pacote de medidas proposto pelo Governo Federal nesta semana. “É evidente a necessidade de reformas econômicas e fiscais no País, desde que não prejudiquem ainda mais o setor produtivo e a população já amplamente atingida pela recessão que assola o Brasil. O que se viu nesta semana foi a proposta de um tímido corte nas contas públicas e a penalização do cidadão brasileiro, mais uma vez”, destaca o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn.

A entidade é categoricamente contra a volta da cobrança da CPMF, que ocasionaria, segundo Kuhn, o aumento de custos em cascata sobre toda a economia do País. “Independentemente do percentual proposto, a sociedade já demonstrou que não suporta mais nenhum aumento da carga tributária”, ressalta o presidente do Sindicato.

O Sintex repudiou também a redução do benefício do Reintegra, que concede créditos ao exportador; e a transferência de 30% da arrecadação do Sistema S para a Previdência. “Em um momento em que o País poderia voltar a ter perfil exportador, tirar incentivos como o Reintegra é revoltante. Mexer no orçamento de entidades como Senai, Sesi, Senac, Sesc, Senar e Senat , que contribuem para a qualificação, atendimento e educação dos trabalhadores também demonstra a falta de comprometimento do Governo Federal com o desenvolvimento da indústria brasileira. Sem serviços como este, estamos fadados cada vez mais ao subdesenvolvimento.”, destaca o diretor-executivo do Sintex, Renato Valim.

A redução de investimentos no PAC também preocupa o Sindicato. “Santa Catarina é um estado extremamente promissor, mas com uma infraestrutura precária, não podemos arcar com mais atrasos nos investimentos necessários na região, como a duplicação da BR-470”, comentou Kuhn.

Além das medidas anunciadas nesta semana, o Sintex lamenta também a decisão da presidente Dilma Rousseff que alterou a política de desoneração da folha pagamento e aumentou os impostos de 1 para 2,5% sobre o faturamento das empresas do setor têxtil e do vestuário.

Segundo a Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil, a decisão da presidente Dilma de excluir o setor têxtil do grupo beneficiado com menor aumento de impostos pode afetar 28 mil confecções no país e fazer com que as demissões, que eram previstas em 100 mil, ultrapasse esse número. Ainda de acordo com a Abit, nos primeiros meses deste ano o setor já fechou 24 mil postos de trabalho.



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