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Educação catarinense é tema de encontro em Blumenau

A necessidade e a preocupação das indústrias catarinenses em elevar os níveis educacionais ficaram evidentes nesta quinta-feira (22), em Blumenau, durante o terceiro encontro da série promovida pelo Sistema Fiesc para disseminar o Movimento a Indústria pela Educação em todas as regiões do Estado. Mais de 100 indústrias de Blumenau e região aderiram ao Movimento, que busca desenvolver ações para superar as fragilidades da educação no que diz respeito à escolaridade, à qualificação profissional e a qualidade do ensino.

O encontro contou com a presença do presidente do Sintex - Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário, Ulrich Kuhn e do diretor-executivo, Renato Valim. Teve ainda a participação do membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Mozart Neves, além de empresários, profissionais de recursos humanos, representantes da classe patronal, autoridades políticas e membros da sociedade civil organizada.  


Lançado em setembro, o Movimento a Indústria pela Educação é baseado em dois pilares: investir na ampliação da oferta de programas de educação do Sistema Fiesc e incentivar empresas de Santa Catarina a destinar maior atenção a ações voltadas para a área. Além disso, prevê investimento de R$ 330 milhões em ações educacionais pelas entidades que compõem o Sistema Fiesc - Sesi, Senai e IEL.


Com a mobilização da classe empresarial e da sociedade, as entidades esperam registrar mais de 800 mil matrículas nos próximos três anos, gerando melhorias não apenas sociais, mas também relacionadas à formação de profissionais mais qualificados para aumentar a competitividade industrial.

A importância da educação

Para que a indústria catarinense possa crescer no ritmo esperado até 2015, será preciso contar com um contingente de 461,5 mil trabalhadores com formação profissional adequada. A estimativa é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e consta na pesquisa Mapa do Trabalho Industrial 2012. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações.

O déficit educacional, além de um problema social, também é um entrave às empresas brasileiras. Pesquisa realizada em 2011 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que quase 70% das indústrias têm dificuldade de encontrar trabalhadores com a formação desejada - seja por educação básica ou por formação profissional. No Brasil, apenas 6,6% dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional, enquanto na Alemanha esse índice é de 53%. Em Santa Catarina, cerca de 400 mil trabalhadores das indústrias não têm escolaridade básica completa. Esse quadro faz com que o país ocupe a 77ª posição no ranking elaborado pela Organização Internacional do Trabalho sobre produtividade dos trabalhadores. Além disso, prejudica a capacidade das empresas de inserir novas tecnologias, aumentar sua produtividade e inovar.

A forma como a educação pode contribuir para a mudança desse quadro e o aumento da competitividade das empresas será o tema de debate da série de eventos regionais, que irão ocorrer ainda em Criciúma, Chapecó, Lages e São José.

Mais informações sobre o Movimento a Indústria pela Educação estão disponíveis no site www.fiescnet.com.br/aindustriapelaeducacao

 

(Com informações da Fiesc).
 



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