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Sintex comemora seis décadas

Santa Catarina é o segundo maior polo têxtil do Brasil. Aqui estão localizadas 14% das empresas deste segmento, com cinco empregados ou mais. É neste cenário de muito empreendedorismo e luta pela competitividade da indústria têxtil nacional que está presente o Sintex – Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário, representante das empresas têxteis perante as autoridades administrativas, judiciárias, legislativas e entidades civis em geral.

Ao completar 60 anos, no dia 17 de fevereiro de 2012, o SINTEX destaca sua atuação na defesa dos interesses do segmento, em diversas frentes, especialmente junto ao poder público. A desoneração da folha de pagamentos é uma das principais bandeiras levantadas pelo Sintex. “Reduzir os custos vinculados aos salários é uma medida urgente e necessária em um setor intensivo de mão-de-obra como é o vestuário e vamos continuar insistindo para que isso seja feito de uma forma justa, sem tirar de um lado e cobrar de outro, como propõe atualmente o Plano Brasil Maior”, destaca o presidente da entidade, Ulrich Kuhn.

Atuando em Blumenau e região, o Sintex representa as indústrias têxteis de uma base territorial que inclui 18 municípios: Blumenau, Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Dona Emma, Doutor Pedrinho, Gaspar, Ibirama, Indaial, José Boiteaux, Massaranduba, Pomerode, Presidente Getúlio, Rio dos Cedros, Rodeio, Timbó, Vitor Meireles e Witmarsun.

Além de ser o representante legítimo, com força constitucional, para celebrar convenções coletivas de trabalho, o Sintex oferece aos associados diversos serviços, como a promoção de cursos, seminários e palestras. Uma série de convênios e benefícios também é disponibilizada por meio de uma equipe de profissionais altamente qualificados, em diversas áreas como assessoria jurídica, de comunicação, de logística, seguros e TI. O Sintex também apoia projetos de arranjo produtivo local e oferece recursos de estrutura e tecnologia para seus associados.

Desafios

Santa Catarina foi o primeiro exportador de manufaturados têxteis, no final da década de 60, e virou sinônimo de qualidade entre o mercado comprador mundial. Dessa realidade do passado foi mantida a imagem, porém a importância dos produtos catarinenses no mercado exterior hoje é menor do que era no passado. A indústria sofreu e continua sofrendo muito pelos problemas macroeconômicos brasileiros, a excessiva apreciação do Real, o Custo Brasil, os diversos pacotes econômicos, barreiras comerciais, entre outros problemas já conhecidos.

A carga tributária brasileira também é exagerada e quanto maior forem os elos produtivos, maior a carga. É o caso do setor têxtil, que começa com o algodão, o fio, o tecido, vai para confecção até chegar aos acabamentos finais. Ao todo, entre os impostos diretos e indiretos que incidem em uma peça de roupa, existe um percentual de 53% de impostos no valor final do produto. Ao comprar R$ 100,00 em roupas, o consumidor está pagando R$ 53,00 só de impostos. Neste cenário, o grande desafio da indústria têxtil é manter-se competitiva no mercado nacional e internacional.

Soluções

Apesar da dificuldade que o setor têxtil vivencia, é certo que o mercado irá encontrar o equilíbrio. “Cabe a nós todos planejar a produção tendo em vista o que o consumidor espera adquirir no futuro. Cada vez mais conceitos como o da moda ecológica, o consumo sustentável, inovações e rapidez devem estar presentes na nossa gestão”, destaca Kuhn.

De acordo com o presidente do Sintex, com atenção aos movimentos do mercado, é possível continuar mantendo o crescimento. “A economia mundial em breve retomará seu fôlego, graças à maior participação dos países emergentes na balança do poder econômico. Basta-nos enfrentar os obstáculos e aproveitar as oportunidades”, destaca.


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