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Blumenau e o desenvolvimento econômico

O desafios para o desenvolvimento econômico de Blumenau e região foram debatidos na noite desta quarta-feira (29), no Teatro Carlos Gomes, no RBS Debates. O palestrante da noite foi o vice-presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. Participaram como debatedores o prefeito João Paulo Kleinübing, o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior e o economista Nazareno Schmoeller.

Côrte falou sobre a crise de 2009 e o impacto que se observa ainda hoje na economia brasileira. A tendência para os próximos anos, segundo ele, é que os países emergentes tenham peso maior na economia mundial que os desenvolvidos, com maior participação no PIB. Para o Brasil, a previsão de crescimento fica entre 4% e 5% nos próximos anos, menor do que os 7% previstos para 2010.

O prefeito João Paulo Kleinübing destacou a necessidade de planejamento a longo prazo para a realização das obras necessárias ao desenvolvimento econômico da cidade e a continuidade apesar da mudança de governo. Também alertou para a importância da integração regional, a começar pelo transporte público.

Quando questionado sobre a força da indústria têxtil em Blumenau, o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, ressaltou que o setor está historicamente ligado ao crescimento da cidade. Segundo ele, até cerca de dez anos atrás, a vulnerabilidade da economia em Blumenau era intimamente relacionada à indústria têxtil, o que era um fato negativo. “Felizmente, a economia da cidade começou a se diversificar e não há mais essa vulnerabilidade”, afirmou. Hoje, conforme salientou Kuhn, há cerca de 30 mil pessoas empregadas no setor têxtil, o mesmo que existia há dez anos. “Possivelmente, em mais dez anos, teremos metade disso. É o caminho natural. A medida em que a cidade cresce, a atividade de mão-de-obra intensiva migra para regiões de custo menor. A importância continuará, mas a empregabilidade será menor”, analisa.

O presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, foi questionado sobre a capacitação da mão-de-obra. Na opinião dele, o empresariado blumenauense sempre teve esta preocupação e tem desenvolvido, em parceria com entidades como o Senai, programas de capacitação dos colaboradores. Citou também o exemplo do Sinduscon, que recentemente abriu uma escola para profisisonalizar trabalhadores da construção civil, e também da indústria têxtil que vem investindo na formação dos profissionais. “O ensino técnico tem um grau de empregabilidade maior do que o ensino universitário”, comparou.

Já o economista Nazareno Schmoller, o Instituto de Pesquisas Sociais da Furb, falou sobre a ligação da indústria têxtil com a qualidade de vida em Blumenau. Segundo ele, ao diminuir o emprego neste setor, começou a cair também o Índice de Desenvolvimento Humano da cidade.


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